quarta-feira, 29 de julho de 2015

Orgulho e Humildade

Dia destes tive o prazer de assistir uma palestra muito bem ministrada por Nilton Sousa, palestrante espírita.

O tema era: ORGULHO e HUMILDADE!

Na sua oratória, com toda certeza inspirada, ele iniciou falando da dificuldade que temos em definir os limites de onde começa e onde termina o orgulho ou a humildade. 

E é isso, na verdade não existe um marco zero para cada uma destas personificações do comportamento. O que para mim denota alto grau de orgulho, pode para outro não passar do cumprimento dos seus instintos. Confuso, né?

Mas o que assimilei nitidamente é que humildade não está associada a voz baixa, a recuo em determinadas situações conflitantes, a sorriso estampado no rosto... Muito ao contrário, para alguns, estas posturas são arreigadas de dissimulação, egoísmo por necessidade de auto preservação. Não existe, em aparentes posturas (inclusive já me peguei deslizando em algumas delas), a preocupação com o outro e sim em tentar mostrar-se melhor, "elevado", eis que fala o orgulho.

O que assimilei é que humildade vem de dentro, bem como todas as grandes virtudes. Ela é associada ao amor cristão, a vontade de servir, de acolher, de educar, de respeitar, de gerar oportunidade por enxergar o outro sem piedade e nem menosprezo, e sim como merecedor da mesma. E claro, a humildade não cobra troco daquilo que oferta.

Faça notar-se o exemplo de Chico Xavier, cumpridor de sua missão, que como bem falou o palestrante, tantas e tantas vezes se passou despercebido, tamanha a sua singeleza, em meio a multidão dos que o buscavam solícitos de consolo para as aflições que assolavam suas almas. Chico era repleto de luz, mas não deixava que esta ofuscasse os que o rodeavam.

Chico tratava dos arroubos que lhe jogavam com paciência e compaixão, pois compreendia que valor maior está no ato de amar. Foi, para mim, um exemplo de bom aluno das lições divinas que perpetuam desde muitos séculos e que foram autenticadas pelas obras e ensinamentos de nosso mestre, Jesus.

Um ponto alto para mim, da mesma palestra, foi quanto ao esclarecimento sobre a prece, a oração. Faz-se necessário orar com sentimento, não importa se sua oração é pronta ou improvisada, mas faça com o coração.

Ao orar estabeleça conexão com o Divino. Concentre-se em uma imagem que lhe gere tranquilidade, que pode ser um ponto de luz, uma cruz, uma flor, uma cachoeira... Se sentir vontade feche seus olhos. Agora ore, profira seus agradecimentos, seus sonhos, seus pedidos. Mentalize o familiar distante, a cura de um amigo enfermo, o desafeto adquirido em um momento de descontrole, revista-se do poder que Deus nos conferiu... Dissipe sua energia e a solte no universo, solte mesmo, pois quando entregamos com confiança tudo se movimenta para o cumprimento do bem maior.

Enfim, saí do evento com uma sensação de alívio... Me aceitando como aprendiz que caminha em passos curtos no rumo da eternidade, entendendo que se falhei no compromisso de ser melhor o que de fato importa é que não me acomode no berço das minhas imperfeições e continue na busca por ser cada dia, mesmo que devagar, um tantinho mais humilde, ou menos orgulhosa.

Saí de lá envolvida num compromisso de tentar, pois é, tentar ser um pouquiiinhoooo melhor, sempre... Porque concluir o feito é de uma caminhada infinita.

Abraço de luz!!

Detalhe: Esse relato é pessoal e gira em torno de um entendimento e interpretação própria.


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